( No amor é complicado. Você se joga sem ver o que tem embaixo ou segue o roteiro definido seu futuro)
Acordei com uma leve dor de cabeça matinal que já era rotina na minha vida. Fui ao banheiro fazer minha higiene, a qual é mais demorada pela manhã. Olhei a embalagem da cafeteria que tinha ido no dia anterior. Troquei de roupa, não iria sair de casa e nem trabalhar, pelo menos não hoje. Encontrei a Luh pegando algo na sala:
Luh: Bom Dia! - ela estava animada.
EU: Bom dia. - não estava muito animada. - Vai sair?
Luh: Não!? Você vai? - neguei.
Ouvi um barulho de água caindo imaginei que alguém estaria no banheiro, agora quem?
EU: Quem está banhando? - ela me olhou incrédula.
Luh: Como assim? Seu namorado saiu agora da porta do seu quarto. - como assim?! Ele ainda estava aqui.
EU: Ele não foi embora?! - disse espantada.
Luh: Ele realmente te ama, deveria ouvi-lo. - ela se direcionou para cozinha e eu fui fazendo seu mesmo trajeto. - E afinal, ele só veio porque ouviu o barulho do seu chuveiro. - ela abria todas as portas do armário. - Temos que fazer compras.
EU: Eu não vi o carro dele lá fora.
Luh: Um amigo dele veio deixá-lo. - ela se sentou junto a mim na bancada de frente para mim. - Está com fome? - olhei o relógio que marcava seis e meia da manhã.
EU: Está bem cedo.- falei bocejando depois. - O que vocês gritavam ontem?
Luh: Nada. - o barulho do chuveiro ainda ocorria. - Ele demora muito.
EU: Todos demoram. - olhei séria para ela. - Pode começar, você falou algo de ele ter beijado alguém.
Luh: Me equivoquei. - ela se levantou. - Ele não beijou ninguém... Lembra naquele dia que formos falar com o diretor sobre nosso trabalho. - afirmei, tendo a lembrança toda em minha mente. - Eu vi a garota o beijando a força, pelo menos consegui ver ela o puxando do nada para beijar. - ele nunca havia me contado isso. Porque será? - Foi por isso que eu fiquei com raiva naquele dia.
EU: E porque não me falou isso. - estava calma e o chuveiro parecia o mesmo. - Eu sei que você talvez não tenha dito para não estragar nada entre nós, mas eu tinha direito em saber.
Luh: Eu não contei, porque... Não sabia como começar a falar. - suas mãos estavam inquietas na mesa. - Me desculpa, eu devia ter contado.
EU: Já passou, agora já sei de tudo. - respirei fundo, e foi neste suspiro que o chuveiro foi desligado. - Tem algo para fazer o café. - perguntei para que neste momento eu fosse na padaria comprar o que precisava, só para não enfrentá-lo.
Logan: Bom dia! - ele apareceu de toalha na porta da cozinha, senhor... Tenho um sangue muito fraco para isso. - Desculpa é... "seu nome" tem alguma roupa minha aqui? - me desliguei por um momento, que deveria ter sido horas, não sei. - "Seu Nome"!
EU: Desculpe... O que disse? - desviei minha atenção para seus olhos.
Logan: Roupa... Tem alguma, minha aqui? - procurei em minha mente e tinha até demais.
EU: Sim. -me levantei para sair daquele compartimento. - Vou pegar.
Se a pergunta for. Está fugindo dele? A resposta é Sim. Agora o porque é algo que no momento é inexplicável, procurei por alguma camisa dele e encontrei uma Polo e uma bermuda, acabei achando calça e outras camisas e camisetas:
EU: Será que ele se mudou pra cá e nem me disse? - falando sozinha? Tenho costume.
Logan: Posso ajuda?. - me assustei com sua voz, quando o olhei, ele estava encostado no batente da porta com os braços cruzados sobre o peito.
EU: Não... Já encontrei. - entreguei a ele a roupa que tinha escolhido e entregando a ele. - Vou sair. - ele me segurou, impedindo que minha passagem fosse feita. - Posso passar? - seus olhos azuis como o mar de Leblon no Rio de Janeiro(RJ), um azul intenso que me faz mergulhar em um mar de sonhos.
Logan: Não posso. - ele segurou minha cintura, me puxando para um beijo, intenso e provocante, senti falta daqueles lábios, do seu cheiro, de tudo. Eu não fazia ideia do quanto ele me fazia bem, sua mão pressionava minha cintura ainda mais na parede, minha mão perdia entre seu cabelo e o peito nu. Eu o amo, mas tem certas coisas que temos que sacrificar, mas ele era meu porto seguro, desde que me mudei para cá, só tenho a ele e Luh, como força de continuar lutando. Sua língua se movimentava muito rápido como se aquilo fosse acabar em algum momento e o sonho voltasse a realidade nua e crua. Ele foi diminuindo o movimento ao perceber que eu não iria empurrá-lo para parar, aquilo que foi intenso foi transformado em calmo. - Sinto sua falta. - ele disse isso depois de terminar o beijo. -Eu errei, sou um louco apaixonado. - ele deixou um singelo riso escapar-le de seus lábios. - E sim.
EU: Como? - não entendi a resposta se é que pode chamar assim.
Logan: Se o que vivemos foi real para mim? - seu olhar ainda focado em mim transmitia mil sensações em meu corpo que era inevitável não reparar. - A resposta é sim, foi e É tudo real. Nunca tive um amor, paixão nem namorada que me fizesse me sentir tão vivo. - acabei rindo e o beijando. - Te amo "Seu nome".
EU: Te Amo Logan. - agora foi a vez dele rir. - É melhor ir se trocar. - me afastei dele. - Vou sair para comprar alguma coisa pro café da manhã. O que vai querer? - ele arqueou as sobrancelhas, me olhou de cima abaixo, estou vendo que vou ficar esperando.
Logan: Espera eu me arrumar. - apenas afirmei, fui para cozinha ver o que Luh preparava.
Ela estava fazendo o café quando apareci, olhei seu coelho que já estava grande comendo uma cenoura, é até fofo isso, só na parte de fazer as necessidades que é bem complicado:
Luh: Então? - ela sabia o que tinha acontecido, pergunta só para ter certeza.
EU: Nós conversamos.
Luh: Sério, então aqueles barulhos de alguém se batendo na parede era o que? - ela deixou um de seus melhores ou piores riso maliciosos amostra.
EU: Você é cruel. - fui para sala, esperar por ele. - Vou comprar alguma coisa para comer, o que vai querer?
Luh: Acho que o de sempre, se tiver bolo de tapioca... Você já sabe. - apenas afirmei. - Ah! - me levantei indo para porta de saída e encarando Logan muito bem arrumado, com as roupas que escolhi. - Aquele seu amigo, deixou seu carro aqui. - entregou a chave para ele.
Logan: Muito obrigado. - ele me encarou e logo entendi o que era.
EU: Não, vamos andando. A padaria é perto. - ele pendurou a chave junto a outras, pegou sua carteira e saímos.
Caminhamos de mãos dadas como um casal normal, havia senhores passeando com seus animais, outros fazendo corrida, e até alguns indo para padaria:
Logan: Estava pensando que... Nós não deveríamos terminar. - olhei para ele, tentando entender onde está conversa terminaria. - Eu posso vir todo final de semana visitar ou virse-versa. - ideia inteligente a dele. - Vai falar alguma coisa?
EU: Não. - foi a vez dele me encarar. - Nós daremos um jeito, lembra? - ele afirmou rindo. - Chegamos. - Bom dia! - disse olhando o Senhor carinhoso que sempre me atendia.
Jack: Bom Dia, minha linda! Oi Bom Rapaz. - fez um aceno para Logan que retribuiu. - O que o casal irá pedir?
EU: Vamos querer dois bolos de tapioca, três cupcakes, quatro sonhos e dois daquele doce. - apontei o doce certo. - Coloca uma caixa grande de chocolate. - ele entregou um papel com o valor após os pedidos. - Logan, pega as coisa que vou pagar. - ele apenas afirmou, não sei qual foi a sorte dele não se manisfestar para pagar. - Tchau senhor Jack.
Jack: Tchau para vocês. Manda um abraço a Luh. - apenas afirmei.
Logan: Sou o burro de carga? - ele parou no meio do caminho me observando. - Pega está aqui, onde encontra-se o leite. - segurei e seguimos o caminho.
Tinha uns rapazes da vizinhança no meio da rua jogando basquete, a essa hora da manhã:
Kol: Hey gatinha. - olhei para ele dando um tchau. - A Luh tá livre hoje?
EU: Não senhor. - ele apenas afirmou. Senti o braço de Logan envolver minha cintura. - Eles são bem mais velhos que eu. - o alertei.
Logan: O que não impedi deles, querer algo com você. - o tom de ciúmes era claro nesta frase.
EU: Verdade. - provoquei. - Até porque sou muito linda, tenho um corpo de dar inveja. - ele me encarou, imagine este rapaz com a face rígida. - Estou brincando...Para com isso. - dei um selinho nele. - Vamos estou com fome.
Logan: Sobe na minha costa. - nem perdi tempo, quando me dei conta estava sendo levada por ele. - Pronto chegamos. - abri a porta e tranquei ela, entreguei as coisas para Luh que estava na sala vendo algum programa matinal.
Luh: Vamos comer. - ela desligou a TV se direcionando para cozinha, preparar o bendito café.
Assim foi o dia, em meio a brincadeira e amizade, tudo se transforma, o que cria são os sentimentos, posso dizer que aqui é o fim de mais uma de muitas que ainda virão, essa que temos é só mais uma história a ser contada e lembrada e passada por muitos que ainda virão..
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Pareceu uma despedida, mas é só um aviso de que está chegando o fim, consegui escrever dois hoje... espero fazer isso em outro dia.
BJs
XOxo